"Eu falo de amor à vida,Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso e você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa, mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo, mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito e você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!" e você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era.
E o que era? Era a seta no alvo, mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade, Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade e você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo, mas o alvo, na certa não te espera!
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo, mas o alvo, na certa, não te espera.
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?"